segunda-feira, 18 de abril de 2016

18 de abril - Dia Nacional do Livro Infantil

O Dia Nacional do Livro Infantil foi escolhido pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, em homenagem ao escritor brasileiro José Bento Monteiro Lobato. Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882 e foi o criador da literatura infantil no Brasil. Autor de inesquecíveis histórias infantis, entre elas O Sítio do Pica-pau Amarelo, cujos personagens Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Pedrinho, Narizinho e Emília marcaram a história da literatura infantil.


O livro faz toda a diferença na formação de uma criança. Embora estejamos na era da informática, as histórias infantis fazem a criançada viajar num mundo de fantásticas aventuras e encantam todas as idades.


Dentre seus livros, recebeu destaque a história do Jeca Tatu, um homem do campo, com uma vida muito simples, preguiçoso, onde o autor relembrou os tempos em que vivera num sítio.

Com essas histórias trabalhou em prol da defesa do meio ambiente, da reforma agrária, fez campanhas pela melhoria da saúde e falou sobre o petróleo, assuntos que até hoje fazem parte de nossas vidas.
Mas o grande sucesso de Monteiro Lobato foi a coleção O Sítio do Picapau Amarelo, após a invenção da Menina do Nariz Arrebitado – Narizinho. As histórias se passavam no sítio de Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho, onde outros personagens davam graça às histórias, como: Tia Nastácia – que fazia deliciosos bolinhos de chuva; Tio Barnabé – o velho contador de causos; a dupla engraçada de trabalhadores rurais: Zé Carneiro e Pedro Malazarte; e os tão famosos personagens Emília, a boneca de pano, teimosa e engraçada; Visconde de Sabugosa, o sabugo de milho que vira gente, dono de uma apreciável inteligência.
As histórias acontecem no Sítio de Dona Benta, envolvendo outros personagens, levando lições de moral para as crianças. O Saci-Pererê e a Cuca eram os personagens perversos, que assustavam as pessoas.
Monteiro lobato trabalhou, no Sítio do Picapau Amarelo, assuntos que puderam aumentar a cultura das crianças e jovens. A mitologia grega, a história das invenções, a geografia, a gramática e a matemática tiveram grande repercussão, sendo abordados até os dias de hoje nas escolas.
Os dois destaques para o mundo rural foram criados porque Lobato considerava que os autores da época eram estritamente urbanos, e não valorizavam a simplicidade da vida do homem do campo, dos passeios em fazendas, da importância da natureza para a vida do homem, nunca escrevendo sobre os mesmos.
O caricaturista Voltolino, por volta de 1910, da mesma época de Monteiro Lobato, aproveitou seus traços fortes e ar sério para criar charges do mesmo. Eram amigos e parceiros de trabalho, pois Voltolino era quem fazia as ilustrações das histórias de Lobato.
O autor formou-se em direito e jornalismo, onde escrevia artigos para revistas e jornais da época.
Em 1904, após ganhar um concurso literário, Lobato retratou seus sentimentos em relação à literatura, pela qual era apaixonado: “Tentei arrancar de mim o carnegão da literatura. Impossível. Só consegui uma coisa: adiar para depois dos trinta o meu aparecimento. Literatura é cachaça. Vicia. A gente começa com um cálice e acaba pau d’água na cadeia”.

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