quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Olimpíada de 1968 - México

A Olimpíada de 1968, na Cidade do México, apresentou ao mundo dois tipos de doping.
O primeiro, natural, resultado da altitude: disputados a 2.240 metros do nível do mar, com resistência do ar menor e 30% de oxigênio a menos, os Jogos tiveram 68 recordes mundiais e 301 recordes olímpicos quebrados.
O segundo, artificial. A Cidade do México viu, pela primeira vez, o controle antidoping em Olimpíadas. Somente um atleta foi eliminado por testar positivo a substâncias proibidas: o sueco Hans-Gunnar Liljenvall, do pentatlo moderno, por excesso de álcool.
 
Além disso, testes de comprovação de sexo para as provas femininas foram adotados, pelas suspeitas sobre as características físicas de algumas campeãs dos países do bloco socialista. Nenhuma mulher foi desclassificada, mas várias atletas importantes não se inscreveram para os Jogos.
 
O evento teve alto grau de envolvimento político, já que o ano de 1968 foi um dos mais politizados da história. No país-sede, pouco antes da abertura, 300 mil estudantes e professores entraram em greve e, dez dias antes da festa de abertura, tropas do governo abriram fogo contra milhares de manifestantes na praça das Três Culturas, matando centenas de jovens.
 
O Brasil aproveitou os primeiros Jogos disputados na América Latina para conseguir seu melhor desempenho olímpico da década. No México, foram uma medalha de prata e duas de bronze.
 
No atletismo, o salto triplo novamente rendeu medalha ao Brasil. Depois do bicampeonato de Adhemar Ferreira da Silva, foi a vez de Nelson Prudêncio conquistar a prata. Ele saltou 17,27 m, novo recorde mundial. Na última tentativa, quando o brasileiro já saboreava a vitória, o soviético Viktor Saneyev atrapalhou a festa verde-amarela e saltou 17,39 m, conquistando o ouro.
 
No boxe, o paulista Servílio de Oliveira conquistou a primeira e única medalha do Brasil na modalidade, bronze nos meio-médios, após perder na semifinal para o mexicano Ricardo Delgado.
 
A terceira medalha veio em uma modalidade que, no futuro, se tornaria a mais vitoriosa do país em Olimpíadas, a vela. Na classe Flying Dutchmann, Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes ganharam o bronze.
 
O Brasil esteve próximo de outras duas medalhas. No basquete, a seleção masculina foi derrotada na disputa pela medalha de bronze pela União Soviética, por 70 a 53. Na natação, José Silvio Fiolo terminou a prova dos 100 m peito a um décimo de segundo dos soviéticos Vladimir Kosinsky e Nikolai Pankin, medalhas de prata e bronze, respectivamente.

CLASSIFICAÇÃO DE 1968
 PAÍSOUROPRATABRONZE 
ESTADOS UNIDOS452834107
UNIÃO SOVIÉTICA29323091
JAPÃO117725
HUNGRIA10101232
ALEMANHA ORIENTAL99725
FRANÇA73515
TCHECOSLOVÁQUIA72413
ALEMANHA OCIDENTAL5111026
AUSTRÁLIA57517
10ºREINO UNIDO55313
11ºPOLÔNIA521118
12ºROMÊNIA46515
13ºITÁLIA34916
14ºQUÊNIA3429
15ºMÉXICO3339
16ºIUGOSLÁVIA3328
17ºHOLANDA3317
18ºBULGÁRIA2439
19ºIRÃ2125
20ºSUÉCIA2114
21ºTURQUIA2002
22ºDINAMARCA1438
23ºCANADÁ1315
24ºFINLÂNDIA1214
25ºETIÓPIA1102
26°NORUEGA1102
27ºNOVA ZELÂNDIA1023
28ºTUNÍSIA1012
29ºPAQUISTÃO1001
30°VENEZUELA1001
31ºCUBA0404
32ºÁUSTRIA0224
33ºSUÍÇA0145
34ºMONGÓLIA0134
35ºBRASIL0123
36ºBÉLGICA0112
37°CORÉIA DO SUL0112
38°UGANDA0112
39ºCAMARÕES0101
40°JAMAICA0101
41ºARGENTINA0022
42ºFORMOSA0011
43°GRÉCIA0011
44°ÍNDIA0011

Ficha:
Participantes
112
Número de modalidades
20
Número de atletas
5.516 (4.735 homens, 781 mulheres)
Participação do Brasil
35º lugar
Data de abertura
12 de Outubro de 1968
Data de encerramento
27 de Outubro de 1968

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Projeto Viajando nas letras

               https://www.letras.mus.br/turma-da-monica/fotos.html#268434   Projeto Viajando nas letras Objetivo Geral: Popularizar o livro...