Objetivos
- Explorar texturas de tintas e melecas.
- Utilizar diferentes instrumentos para pintura.
Ano
Creche.
Tempo estimado
Durante todo o ano, ao menos uma vez por semana.
Material necessário
Bacias grandes, utensílios de cozinha como coadores, espátulas, colheres,
escumadeiras, pratinhos e vasilhas de diferentes tamanhos. Pincéis, brochinhas,
rolinhos de pintor, esponjas e suportes grandes, como papéis, tecidos lisos,
plásticos e caixas de papelão. Farinha de trigo, gelatina em pó com cores
fortes, amido de milho, corante comestível (anilina) e natural, feitos com
frutas e geleias, para preparar tintas e massas (para cada xícara de água
morna, acrescente uma de amido de milho e um pacote de gelatina. É possível
variar a densidade da meleca acrescentando mais água ou mais farinha. Para
mudar as cores, acrescente o corante.
Flexibilização
Para alunos com deficiência física
Para trabalhar com bebês com deficiência física nos membros superiores, envolva
os rolinhos e os pincéis em espuma. Isso vai ajudar os pequenos a ter mais
firmeza na hora de fazer as primeiras pinturas. Você pode fixar papeis em
pranchetas inclinadas e colocar em frente ao bebê ou fazer com que a criança
crie suas próprias estratégias para pintar nos papeis fixados no chão. Estimule
que ela pinte com os pés junto dos colegas e deixe as tintas em lugares
acessíveis e próximos da criança com deficiência. Os outros bebês também ajudam
a criança a segurar alguns objetos ou alcançar os potes de tinta.
Desenvolvimento
1ª etapa
As experimentações com as tintas podem ocorrer na sala, em uma oficina de artes
ou em espaços externos. Monte o local deixando à mão tudo o que será necessário
para o andamento da proposta, pois assim você pode ficar mais atento às
crianças e suas explorações. Forre o piso (se estiver num espaço de uso
coletivo ou sala) e ofereça papéis no chão, na mesinha ou na parede para que
deixem marcas. Coloque o material ao alcance de todos e deixe as crianças de
fraldas ou roupas que possam sujar. Planeje também como será a arrumação ao fim
da atividade: onde serão colocadas as produções? Quem ajudará na limpeza e no
atendimento às crianças? Quem documentará a atividade? Planeje como mostrar os
primeiros resultados da atividade, incluindo as fotos, às famílias. Assim,
todos poderão participar, mesmo que indiretamente.
2ª etapa
Apresente os materiais aos bebês. É importante que eles diferenciem os momentos
de trabalho daqueles de alimentação. Por isso, não os incentive a comer durante
as atividades, mesmo que os materiais sejam comestíveis. Mostre o que poderão
fazer com as tintas. Inicie utilizando apenas água e depois amplie para
misturas e melecas, como massas de amido ou farinha com corantes ou gelatinas.
Ao acrescentar uma cor forte, pergunte: "Estão vendo como a cor
mudou?" Para os mais crescidos, é possível introduzir terra, areia, folhas
e sementes. Se fizer uma tinta de gelatina, por exemplo, deixe que cheirem,
toquem e brinquem. É importante que eles se familiarizem com os materiais de
apoio antes de a atividade começar - uma bacia pode ser tão interessante quanto
seu conteúdo. O foco da atividade, porém, deve ser exploração de texturas.
3ª etapa
Convide o grupo a explorar as propriedades e possibilidades dos materiais. É
possível organizar, por exemplo, uma atividade para explorar texturas de
determinado material ou então uma para que os pequenos utilizem mais um tipo de
instrumento, como o pincel, a brochinha e o rolinho de pintor. Nesse momento,
diga: "Veja como com o rolinho você pinta uma área maior. Com o pincel, só
dá para fazer um risco". Vale testar também as diferenças entre pintar com
as mãos, que dá mais controle, ou com os pés, com pincéis e rolinhos, que
tendem a ser mais difíceis de controlar.
Avaliação
Observe atentamente durante todo o processo. Isso dará indícios de como propor
as próximas atividades. Em alguns casos, vale fazer pautas de observação
individual, pois cada criança pode apresentar formas muito distintas de
aproximação dos materiais: algumas se lambuzam logo no primeiro dia e aos
poucos vão se concentrando em explorações mais definidas. Outras demoram mais
tempo para se soltar e há ainda as que insistem em pesquisas específicas de
cores, misturas ou ocupação dos suportes etc. No dia seguinte ao trabalho,
retome com o processo documentado, conversando com todos para ver se lembram
quais os materiais e utensílios foram usados em cada atividade.
Consultoria: Daniela
Pannuti
Orientadora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo.
Fonte:
Revista Nova Escola
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