Joãozinho era um menino muito esperto e teimoso. Um dia
apostaram com ele que, da casa até a cidade próxima, se chegava em uma hora,
andando a pé. Ele não concordou e apostou que demorava muito mais tempo. No
outro dia saiu bem cedinho. Andou. Andou. Já fizera mais de duas horas andando
sem parar e nem sombra da tal cidade. Cansado, suado, sentou à sombra de uma
árvore para descansar. Tirou a camisa, pois estava com muito calor e lembrou-se
desta canção: (Brincar com a folha de papel, acima da cabeça: explorar o som do
vento)
Estava Joãozinho refrescando-se, quando surgiu uma borboleta voando e
lembrou-se desta música: (dobrar a folha ao meio, segurando pela dobra. Abaixar
e levantar a mão, fazendo o papel balançar como se fosse asas de borboleta)
“Borboletinha ta na cozinha
Fazendo chocolate para a madrinha.
Poti, poti, perna-de-pau.
Olho de vidro e nariz de pica-pau”
E a borboleta voa – voa, e pousa na cumeeira de:
“uma casa muito engraçada,
Não tinha teto, Não tinha nada.
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão.
Ninguém podia
Dormir na rede,
Porque na casa
Não tinha parede.
Ninguém podia
Fazer pipi,
Porque pinico
Não tinha ali.
Mas era feita
Com muito esmero
Na rua dos bobos
Número zero”.
(Música e letra de: Toquinho e Vinícius)
(esta casa é muito engraçada, mas nela havia muito amor. Desenhar um coração e
escrever AMOR)
Mas a casa era toda desajeitada. Joãozinho precisou dobrar mais
um pedacinho, outro pedacinho, mas ela parecia que ia desmontar. Então ele
dobrou um pedaço de um lado, outro pedaço do outro lado, e... O que será que
apareceu? Olhem só! Um chapeuzinho do soldado! Joãozinho começou a cantar esta
música:
Marcha soldado cabeça de papel
Quem não marcha direito vai preso no quartel.
O quartel pegou fogo Francisco deu sinal
Acode, acode, acode a Bandeira Nacional.
Mas o chapéu era muito grande para a cabecinha do Joãozinho e ele resolveu
dobrar mais uma vez, (de um lado, do outro lado) surgindo assim um chapeuzinho
muito pequeno. Joãozinho ficou muito aborrecido e tentou fazê-lo voltar ao
mesmo tamanho, mas não conseguiu. Um barquinho.
E o Joãozinho ficou feliz da vida. Correu para a praia que ficava ali por
perto. No caminho começou uma chuvinha danada e ele tentou enxugar o barquinho
com a camisa. Quando acabou de enxugar, largou a camisa e foi embora. Já estava
na praia quando notou que estava sem camisa e logo pensou:
__ Epa! Minha camisa! Onde será que a deixei? Vou levar uma surra da minha mãe!
Mas agora eu não vou acha-la mesmo e vou apanhar do mesmo jeito! Então eu vou
brincar um pouquinho e depois vou para casa!
Usando sua imaginação embarcou no frágil barquinho que navegou, rapidamente,
mar a dentro.
Já estava longe, navegando, quando uma tremenda tempestade começou a jogar o
barquinho pra cá e pra lá. Pra lá e pra
cá!
Nesse jogo das ondas, o barquinho bateu com a proa no rochedo, partindo-se.
(frente)
A tempestade ficou mais forte ainda, continuando a jogar o barquinho que, bateu
também com a popa, partindo-se como a proa. (trás)
E o barquinho vira e vai para o fundo do mar, batendo com a ponta da vela que
também se parte. Mas o barquinho da vela quebrou de forma redondinha.
E sabem o que aconteceu?
Joãozinho, por causa do cansaço e do calor, havia se abrigado à sombra de uma
árvore perto da praia e adormecera. Quando acordou, sua camisa estava ao lado
dele. Onde? Onde e Onde? Onde está a camisa do Joãozinho?
(Abrir a dobradura e surgirá a camisa do menino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário