Sintaxe é a parte da gramática que estuda a
palavra em relação às outras que com ela se unem para exprimir um pensamento.
Como bem ilustra o poema a seguir:
O assassino era o escriba
Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida, regular como um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição de bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
(LEMINSKI, Paulo. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983)
Em uma análise sintática podemos ter:
1- Frase
É a reunião de palavras que expressam uma ideia completa, constitui o elemento fundamental da linguagem, não precisa necessariamente conter verbos.
Ex.:"Final de ano, início de tormento". (Revista Nova Escola, 11/00)
2- Oração
É a ideia que se organiza em torno de um verbo.
Ex.: "Tudo começa com o pagamento da dívida." (Revista Vida Pessoal, 12/99, p.07)
Dicas:
O verbo pode estar elíptico (não aparece, mas existe)
Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfil lançou nas páginas do Pasquim."
(Revista Época, 24.05.99, p.06)
3- Período
É o conjunto de orações. Ele pode ser constituído por uma ou mais orações.
O período pode ser:
Simples- constituído por apenas uma oração
Ex.: "Macunaíma é o herói com muita preguiça e sem nenhum caráter". (Época, 24.05.99, p.7)
Composto- constituído por mais de uma oração.
Ex.: "Nós não podemos fingir /que as crianças não têm inconsciente".
(Nova Escola, 11/00)
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