sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A aprendizagem escolar

        


        Antigamente para aprender, a escola enquanto espaço físico era o local oficialmente estabelecido. Hoje na maioria das situações, se continua a ir às escolas, obrigatoriamente, para aprender. Contudo, há mudanças, mas são pequenas, ínfimas, diante do peso organização escolares como locais e tempos fixos, programados, oficiais de aprendizagem.
  Os modelos de ensino centrados no professor predominam, apesar de investigações diversas que sugerem uma mudança do ensino para a aprendizagem. Porém, a mudança da cultura escolar tradicional não é fácil, as inovações são lentas, e mesmo aquelas mais abertas reproduzem no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no professor do ensino presencial. 
      As redes, principalmente a Internet, estão a provocar mudanças profundas na educação presencial e a distancia. 
Internet na escola é uma exigência da cibercultura, do novo ambiente comunicacional e cultural que surge com a rede de computadores e a possibilidade de comunicação rápida e ampla.
     O processo de ensino-aprendizagem, não só é o que se ensina está em mudança devido ao uso da internet, mas também a forma como se ensina está a transformar-se. Os espaços de aprendizagem também se localizam para além das instituições tradicionais e dos media, mas não deixam de serem lugares de aprendizagem. É possível combinar-se com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a de grupo.
      Hoje o professor esta inevitavelmente forçada a pesquisar na cultura digital que caminha em constante evolução e transformação, isso caracteriza que de qualquer modo, a interconectividade que a internet e as redes desenvolvem nestes últimos anos esta a mudar, gradualmente, a forma de ensinar e aprender.


            2 – TECNOLOGIAS INTELECTUAIS


       Nos dias de hoje, os sujeitos sociais constroem novas funções cognitivas, novas identidades, nova subjetividades sociais, novos espaços de aprendizagem por meio virtual, do rompimento da barreira espaço-temo; apropriam-se do novo pelo cognitivo, social e afetivo, tudo ao mesmo tempo, agora, não cabendo mais dicotomizar as funções do hemisfério do lado direito, onde predominam a criatividade, a intuição, a sinergia, e as do lado esquerdo do cérebro, o qual enfatiza o racional, o analítico e o conceitual.
           Tecnologias intelectuais são “ferramentas que auxiliam e configuram o pensamento” e ainda mais que isso, se ampliam e transformam as maneiras de pensar e agir das pessoas, é como se denomina o condicional estruturante do operar cognitivo do grupo.
        Uma rede de tecnologias intelectuais forma se a ideia para se ir além, noção do conjunto, que prioriza o elemento. Numa rede, a ênfase é na relação entre os elementos, na forma como se entrelaçam, se complementa, se modifica. Essa relação emerge da atualizações das tecnologias, determinado ambiente de aprendizagem. 
      Os projetos de aprendizagem são considerados tecnologias intelectuais,para ampliação do processo de aprendizagem sobre a metodologia em si, assim como o processo de apropriação dos recursos digitais. Torna-se impossível distinguir claramente o que se faz parte do projeto e o que é recurso tecnológico, uma vez que essas tecnologias intelectuais se misturam, se interpenetram e/ou se separam, dependendo da dinâmica do sistema cognitivo, das atividades e interações experienciadas pelos aprendizes.
       No momento em que os docentes, têm claro que o próprio objeto de estudo dos aprendizes pode ser utilizado como uma tecnologia intelectual que amplia e transforma o pensamento, ele consegue propiciar aos alunos uma experiência de aprendizagem significativa, ou seja, desenhada pelo projeto de aprendizagem.


          3 - EDUCAÇÃO E ERA DIGITAL


          Hoje de formula um novo conceito de sociedade, de economia e de cultura. Há uma sociedade em rede que modificam hábitos, atos, anseios, projetos, trabalhos, enfim o dia a dia. E uma sociedade imediatista promovendo ações e reações em tempo real.
       Tais mudanças são acompanhadas pela cultura na maneira de se comunicar, na interação e integração dos indivíduos e conseqüentemente promovendo grandes mudanças na forma de se ensinar e na aprendizagem como um todo.
           Na educação, o dia a dia em rede é uma realidade e não há mais como fugir disso, os alunos de hoje aprendem a dar seus primeiros passos ao mesmo tempo em que aprende a teclar o “enter”. Para eles navegar na internet é simples e motivador diante da enormidade de ferramentas audiovisuais que lhes são oferecidas.
         O professor se vê coagido a integrar a comunicação em rede para poder falar de igual para igual, frente a nova linguagem de comunicação que invadiu a escola, esta nova forma de diálogo propicia que o aluno traga para dentro da sala de aula a mesma linguagem que ele domina e usa no seu cotidiano.
        Uma nova parceria entre aluno e professor favorecendo a aprendizagem quando da utilização dos recursos que a internet propicia para o desenvolvimento de Projetos e estudos temáticos. Ao se utilizar a internet se estabelece uma parceria perfeita entre aluno e o professor no qual a troca de conhecimentos é constante havendo uma interação mútua promovendo a aprendizagem de ambos.
        Porém, somente disponibilizar micros para que o aluno acesse aleatoriamente a internet não caracteriza o aprendizado, é preciso que o professor proponha significados aos acessos possibilitando assim a construção do conhecimento, levando o aluno a atingir objetivos e conseqüentemente a aprendizagem.
        Existe uma facilidade de conectar se ao conteúdo de um curso ou de uma aula, uma infinita quantidade de informações extras torna o ensino complementar pela web um meio atrativo de aprendizagem.

          4 - BIBLIOTECAS DIGITAIS

          Todas as atividades de educação do usuário, tradicionalmente executadas pelo serviço de referência, estão sendo adaptadas ao ambiente de uma biblioteca digital.  O bibliotecário ainda continuará a ter uma responsabilidade docente, ao ensina as pessoas como utilizar com proveito os recursos informacionais existentes em uma determinada biblioteca ou mesmo na internet.
Nota-se, que criadores dos sistemas informáticos preocupam-se em melhorar a interface com o usuário, tentando torná-la mais amigável.
           Apesar dos enormes esforços de pesquisa na área de inteligência artificia, ainda é uma realidade distante de sistemas que sejam imunes a dificuldades de aprendizagem por parte de quem os utiliza; entretanto, ninguém pode contestar que os atuais sistemas de automação de bibliotecas apresentam maior facilidade de manipulação do que os anteriores.
         Um aspecto problemático da cultura de nosso tempo é o chamado fenômeno da explosão informacional, a grande quantidade de informações produzidas e disponibilizadas por diferentes atividades sociais, dificultando sua identificação, acesso e utilização. Na emergência da sociedade da informação, o valor desta como insumo para qualquer atividade,seja ela uma decisão econômica, um processo cultural ou de ensino/aprendizagem.
       O paradigma da biblioteca digital é totalmente diferente daquele da biblioteca tradicional, por não precisar ter uma localização física. Bibliotecas digitais são um conjunto de mecanismos eletrônicos que facilitam a localização da demanda informacional, interligando recursos e usuários, em vez de enfrentar os problemas inerentes a localização, catalogação, e armazenamento dos documentos, a biblioteca virtual existe no ciberespaço.
          As bibliotecas continuam com a custódia dos materiais educativos sólidos, com destaque para os livros. Contudo elas se tornaram também gerenciadores de linhas de comunicação com outros locais de conhecimento, com a condição de que as bibliotecas físicas controlem a qualidade das bibliotecas virtuais, decidindo quais conhecimentos existentes em outras instituições merecem menção pelos selecionadores e hiperorganizadores da biblioteca local.


              5 - COMUNICAÇÕES ENTRE OS ALUNOS

           Hoje em dia é sugerido que os e-mails deveriam ser a principal ferramenta de comunicação entre alunos. No entanto, cedo ficou claro que também havia necessidade de comunicação simultânea, e por isso os alunos começaram a comunicar online através do skype. Alunos trocam informação sobre lugares de interesse na História. Os alunos desenvolvem trabalhos sem fronteiras, quer em pequenos grupos quer individualmente e, a medida que a colaboração ocorre bem, também o projeto pode se alargar para incluir excursões, onde os alunos se conheçam pessoalmente.
              Podemos colocar como um exemplo entre alunos irlandeses e austríacos, onde na preparação das excursões, os alunos austríacos informaram os seus colegas na Irlanda sobre os aspectos específicos da Historia irlandesa que tinham estudado, e os alunos irlandeses organizaram uma visita por Dublin salientando esses aspectos. Por sua vez, os alunos austríacos preparam um dia em outubro sobre “Locais ligados a historia do Nacional-Socialismo no Tyrol”, onde os alunos irlandeses, entre outros, vão visitar um campo de concentração.
             Os alunos se beneficiam de muitas maneiras por colaborarem com os seus colegas de outras localidades de nível nacional e até mesmo internacional. Alguns dos benefícios incluem as situações em que os alunos reflitam com habitantes locais sobre conteúdos ensinados nas aulas, adquiram uma visão global de determinados assuntos, façam um projeto e reexaminem o seu próprio contexto histórico na Historia de outra região ou país. E ainda contribuem para o melhoramento de línguas como inglês. 
            A facilidade da tecnologia instantânea hoje permite essas interligações para que alunos possam trocar informações e desempenhar projetos de pesquisa em um amplo contexto de conhecimento e conjunto mutuo e não apenas centralizado.


            6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Pode se observar hoje a comprovação e contribuição positiva que as tecnologias de comunicação podem dar na ampliação do acesso a educação e na melhoria da qualidade de materiais de aprendizagem a custos significativamente menores que os envolvidos em outras modalidades mais tradicionais de ensino e aprendizagem quando populações grandes e dispersar devem ser atendidos. O uso da tecnologia prova seu beneficio ao elevar a motivação e aprendizagem independente no ambiente da sala de aula. 
            Professores estão entre aqueles que mais podem beneficiar-se pela adoção da tecnologia como um instrumento para capacitação continuada, fonte de informação para preparação das aulas e ferramenta para o intercâmbio de informação e conhecimento.
        A base para uma adequada combinação de tecnologias na educação é o reconhecimento de que se devem mobilizar todos os recursos tecnológicos disponíveis para fins educacionais; que a aprendizagem é um processo que envolve tanto atividades interativas como aquelas realizadas de forma isolada pelos estudantes; que o contato humano com professores, tutores e outros estudantes são componentes intrínsecos da aprendizagem; e que os livros podem ser enriquecidos por outros meios para compor os elementos centrais na construção do conhecimento.
            A internet pode isoladamente produzir bons frutos, mas quando a ela se alia o método tele presencial, a otimização do ensino e da aprendizagem chega a índices notáveis. Por uma serie de razoes, o ensino exclusivamente virtual (só pela internet) ainda encontra muita resistência. 


 7- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA



DOMINÍO PÚBLICO, Biblioteca digital desenvolvida em software livre. Educação e tecnologia a serviço do desenvolvimento. 2005.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000215.pdf. Acesso em: 22 de out. 2008.

CYBELEMEYER. A educação na era digital. 2008.
Disponível em: 
http://dihitt.com.br/cybelemeyer/noticia/a-educacao-na-era-digital. Acesso em: 21 de out. 2008.

OBSERVATÓRIO PARA A CIBERSOCIEDADE. Processo de ensino-aprendizagem na era digital. 2006.
Disponível em:
http://www.cibersociedad.net/congres2006/gts/comunicacio.php?id=124&llengua=po. Acesso em: 20 de out. 2008.

NIED UNICAMP Núcleo de informática aplicada à educação. Educação sem distâncias: Uma experiência de convivência em ambiente digital de aprendizagem. 2001. 
Disponível em: 
http://www.nied.unicamp.br/oea/pub/art/art_ead_sem_dist_cleci_lec.pdf. Acesso em: 21 out. 2008.

SCIELO BRASIL. Desafios na construção de uma biblioteca digital. 1999. 
Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100 19651999000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 21 out. 2008.

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