Maria Montessori (1870-1952)
nasceu em Chiaravalle, no norte da Itália. Desde pequena se interessou pelas
ciências e decidiu enfrentar a resistência do pai e de todos à sua volta para
estudar Medicina na Universidade de Roma. Direcionou a carreira para a Psiquiatria
e logo se interessou por crianças com retardo mental, o que mudaria sua vida e
a história da educação.
Montessori graduou-se em
Pedagogia, Antropologia e Psicologia e pôs suas idéias em prática na primeira
Casa dei Bambini, aberta numa região pobre no centro de Roma. A esta se
seguiram outras em diversos lugares da Itália. O sucesso das "casas"
tornou Montessori uma celebridade nacional. Em 1922 o governo a nomeou
inspetora-geral das escolas da Itália. Com a ascensão do regime fascista,
porém, ela decidiu deixar o país em 1934. Continuou trabalhando na Espanha, no
Ceilão (hoje Sri Lanka), na Índia e na Holanda, onde morreu aos 81 anos.
O método Montessoriano tem por
objetivo a educação da vontade e da atenção, com o qual a criança tem liberdade
de escolher o material a ser utilizado, além de proporcionar a cooperação.
Os princípios fundamentais do
sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade.
Enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é
desenvolvimento, achava que era função da educação favorecer esse
desenvolvimento.
Ocupa um papel de destaque neste
movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins de infância e
para as primeiras séries do ensino formal.
O "Material Dourado"
desperta no aluno a concentração, o interesse, além de desenvolver sua
inteligência e imaginação criadora, pois a criança, está sempre predisposta ao
jogo. Além disso, permite o estabelecimento de relações de graduação e de
proporções, e finalmente, ajuda a contar e a calcular.
. "Ela acreditava que a
educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a
capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as
condições","Todo conhecimento passa por uma prática e a escola deve
facilitar o acesso a ela",
O objetivo da escola é a formação
integral do jovem, uma "educação para a vida". A filosofia e os
métodos elaborados pela médica italiana procuram desenvolver o potencial
criativo desde a primeira infância, associando-o à vontade de aprender — conceito
que ela considerava inerente a todos os seres humanos.
Nas escolas montessorianas, o
espaço interno era (e é) cuidadosamente preparado para permitir aos alunos
movimentos livres, facilitando o desenvolvimento da independência e da
iniciativa pessoal. Assim como o ambiente, a atividade sensorial e motora
desempenha função essencial. Ou seja, dar vazão à tendência natural que a
garotada tem de tocar e manipular tudo o que está ao seu alcance.
Maria Montessori defendia que o
caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do
toque que os pequenos exploram e decodificam o mundo ao seu redor.
O método Montessori parte do
concreto rumo ao abstrato. Baseia-se na observação de que meninos e meninas
aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta. Para tornar
esse processo o mais rico possível, a educadora italiana desenvolveu os
materiais didáticos que constituem um dos aspectos mais conhecidos de seu
trabalho. São objetos simples, mas muito atraentes, e projetados para provocar
o raciocínio. Há materiais pensados para auxiliar todo tipo de aprendizado, do
sistema decimal à estrutura da linguagem.
"A tarefa do professor é
preparar motivações para atividades culturais, num ambiente previamente
organizado, e depois se abster de interferir"
Maria Montessori foi afirmar que
as crianças trazem dentro de si o potencial criador que permite que elas mesmas
conduzam o aprendizado e encontrem um lugar no mundo. "Todo conhecimento
passa por uma prática e a escola deve facilitar o acesso a ela",
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