Indissociável do aprender a conhecer, que lhe confere as bases teóricas, o aprender a fazer refere-se essencialmente à formação do aluno. Consiste essencialmente em aplicar, na prática, os seus conhecimentos teóricos. Atualmente existe outro ponto essencial a focar nesta aprendizagem, referente à comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba comunicar. Não apenas reter e transmitir informação mas também interpretar e selecionar as torrentes de informação, muitas vezes contraditórias, com que somos bombardeados diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as suas próprias opiniões mediante novos fatos e informações.
Aprender a viver com os outros
Este
domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os educadores
pois atua no campo das atitudes e valores. Cai neste campo o combate ao
conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Aposta-se na
educação como veículo de paz, tolerância e compreensão; mas como fazê-lo? O
relatório para UNESCO não oferece receitas, mas avança uma proposta faseada em
dois princípios: primeiro a “descoberta progressiva do outro” pois, sendo o
desconhecido a grande fonte de preconceitos, o conhecimento real e profundo da diversidade
humana combate diretamente este “desconhecido”. Depois e sempre, a participação
em projetos comuns que surge como veículo preferencial na diluição de atritos e
na descoberta de pontos comuns entre povos, pois, se analisarmos a História
Humana, constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a aceitar o
semelhante.
Aprender a ser
Aprender a ser
Este
tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros dois. Considera-se que a
Educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total do indivíduo
“espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal,
espiritualidade”. À semelhança do aprender a viver com os outros, fala-se aqui
da educação de valores e atitudes, mas já não direcionados para a vida em
sociedade em particular, mas concretamente para o desenvolvimento individual.
Pretende-se formar indivíduos autónomos, intelectualmente ativos e
independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e
evoluírem permanentemente, de intervirem de forma consciente e proativa na
sociedade.
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