quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Olimpíadas de Seul - 1988


Depois de três edições tumultuadas, a grande maioria dos países filiados ao Comitê Olímpico Internacional (COI) voltou a participar dos Jogos, na Coreia do Sul. Após os boicotes de africanos em Montreal-1976, dos norte-americanos em Moscou-1980 e dos soviéticos em Los Angeles-1984, a Olimpíada enfim foi disputada pelas maiores potências do esporte, com exceção de Cuba.
A maior preocupação do COI em relação a Seul era a falta de apoio popular do governo sul-coreano e a constante hostilidade com a vizinha Coreia do Norte. Sob pressão, os organizadores oficializaram um convite aos norte-coreanos, que preferiram não participar. Na cerimônia de abertura, o vencedor da maratona olímpica de 1936, em Berlim, Song Kee-chung, obrigado, na época, a competir sob a bandeira do Japão, levou a tocha olímpica.
 
Se a organização foi impecável, um escândalo de doping manchou a Olimpíada. O canadense Ben Johnson, vencedor dos 100 m rasos com 9s79, foi desclassificado três dias depois, após um exame apontar o uso de esteroides anabolizantes. A vitória ficou então com o norte-americano Carl Lewis, que correu a prova em 9s92.

O único ouro do Brasil veio no judô, com Aurélio Miguel, que venceu cinco combates na categoria meio-pesado. No atletismo, o então recordista olímpico Joaquim Cruz não repetiu o feito de Los Angeles e, com 1min43s90, ficou com a prata. Robson Caetano levou bronze nos 200 m, com o tempo de 20s4.
 
A segunda prata do Brasil em Seul veio com a seleção de futebol, que repetiu o resultado de quatro anos antes. Sob o comando de Carlos Alberto Silva, o time, que teve Taffarel, André Cruz, Mazinho, Jorginho, Neto, Bebeto, Ricardo Gomes e Valdo, perdeu a final para a União Soviética por 2 a 1 na prorrogação. Romário foi o artilheiro do torneio.
 
Na vela, vieram mais dois bronzes, com Torben Grael e Nelson de Barros Falcão, na classe Star, e Lars Grael e Clinio Freitas, na Tornado.
 
No basquete, a equipe masculina liderada por Oscar Schmidt ficou na quinta colocação. Na fase classificatória, contra a Espanha, Oscar marcou 55 pontos, recorde olímpico de pontos em um jogo. No vôlei, o Brasil obteve um quarto lugar no masculino e um sexto no feminino.

CLASSIFICAÇÃO DE 1988
 PAÍSOUROPRATABRONZE 
UNIÃO SOVIÉTICA553146132
ALEMANHA ORIENTAL373530102
ESTADOS UNIDOS36312794
CORÉIA DO SUL12101133
ALEMANHA OCIDENTAL11141540
HUNGRIA116623
BULGÁRIA10121335
ROMÊNIA711624
FRANÇA64616
10ºITÁLIA64414
11ºCHINA5111228
12ºREINO UNIDO510924
13ºQUÊNIA5229
14ºJAPÃO43714
15ºAUSTRÁLIA36514
16ºIUGOSLÁVIA34512
17ºTCHECOSLOVÁQUIA3328
18ºNOVA ZELÂNDIA32813
19ºCANADÁ32510
20ºPOLÔNIA25916
21ºNORUEGA2305
22ºHOLANDA2259
23ºDINAMARCA2114
24ºBRASIL1236
25ºESPANHA1124
26°FINLÂNDIA1124
27ºTURQUIA1102
28ºMARROCOS1023
29ºÁUSTRIA1001
30°PORTUGAL1001
31°SURINAME1001
32ºSUÉCIA04711
33ºSUÍÇA0224
34ºJAMAICA0202
35ºARGENTINA0112
36ºANTILHAS HOLANDESAS0101
37°CHILE0101
38°COSTA RICA0101
39°ILHAS VIRGENS NORTE AMERICANAS0101
40°INDONÉSIA0101
41°IRÃ0101
42°PERU0101
43°SENEGAL0101
44ºBÉLGICA0022
45°MÉXICO0022
46ºCOLÔMBIA0011
47°DJIBUTI0011
48°FILIPINAS0011
49°GRÉCIA0011
50°MONGÓLIA0011
51°PAQUISTÃO0011
52°TAILÂNDIA0011

Ficha


Países participantes
159
Número de modalidades
25
Número de atletas
8.391 (6.197 homens, 2.194 mulheres)
Participação do Brasil
24º lugar
Data de abertura
17 de Setembro de 1988
Data de encerramento
02 de Outubro de 1988

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